A Praia D’El Rey continua a receber a seleção nacional, na fase de preparação para o Campeonato do Mundo de 2014. Paulo Bento vai trabalhando com os jogadores disponíveis, esperando por Cristiano Ronaldo, Fábio Coentrão e Pepe.

Os vencedores da Liga dos Campeões pelo Real Madrid apresentam-se na quinta-feira. Entretanto, surgem as primeiras questões físicas, pouco significativas. Ruben Amorim continua a realizar trabalho condicionado, devido a uma lesão no adutor direito, enquanto William Carvalho padece de uma mialgia da região anterior da coxa direita.

Paulo Bento lida com essas baixas no setor intermediário e, perante este cenário, Rafa tem mais hipóteses de utilização no encontro particular com a Grécia.

«Não me sinto substituto de Quaresma»

O Estádio Nacional no Jamor recebe o primeiro teste de Portugal nesta fase. Rafa Silva, a principal novidade na convocatória para o Mundial, espera justificar a confiança e demonstrar a sua qualidade nesta partida.

«É verdade, há quatro anos jogava no Alverca, não esperava estar aqui. Na altura jogava por divertimento, nunca esperava estar numa situação destas. Mas agora estou aqui para ajudar no que for preciso. Em relação as elogios do selecionador, são bem-vindos, mas sem trabalhar não se consegue nada. Tenho de trabalhar e tudo o resto vem por acréscimo.»

O jovem, escolhido para falar com os jornalistas na terça-feira, vai conquistando o seu espaço e sabe que o caminho é árduo. Na conferência de imprensa, começou por se apresentar já que um jornalista o confundiu com Neto. Um pormenor, apenas.

«Sinto-me bem. Foi o reconhecimento do trabalho que tenho vindo a fazer. Não sou o jogador que toda a gente estava à espera, mas vou preparar-me para poder jogar em todos os jogos. Não me sinto substituto de Quaresma, nem de ninguém, estou aqui para ajudar.» 

 

A Grécia no Jamor dez anos após o Europeu

Portugal irá defrontar a Grécia de Fernando Santos no próximo sábado. Será um confronto com outra seleção que marcará presença na fase final do Campeonato do Mundo.

Porém, fica a curiosidade: a seleção helénica regressa ao nosso país dez anos após a vitória na final do Euro2004. Um momento que ainda não foi digerido pelos adeptos lusitanos.

Na manhã de quarta-feira, o Estádio Nacional recebeu a visita de Luís Marques Guedes (ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares), Emídio Guerreiro (secretário de Estado do Desporto e da Juventus), Fernando Gomes (presidente da Federação Portuguesa de Futebol) e Carlos Amado da Silva (presidente da Federação Portuguesa de Râguebi).

O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares garantiu que serão feitas alterações no esquema de segurança, face aos propalados incidentes na final da Taça de Portugal.

«As alterações serão feitas sobretudo na sinalização na Praça da Maratona, nos horários diferentes de entrada no estádio e na canalização das pessoas para as bancadas. O Jamor é uma pérola que ninguém quer deitar fora e neste jogo será prestado um tributo ao Eusébio, o expoente máximo do futebol português pelo Governo e pelo Instituto do Desporto de Portugal.»

Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, alinhou pelo mesmo diapasão. As homenagens a Eusébio e a Mário Coluna justificam a presença na seleção no Jamor.

«No último jogo que iremos realizar em território nacional, não quisemos perder a oportunidade de homenagear quer Eusébio quer Mário Coluna, que são dois expoentes do nosso futebol e da Seleção. Nessa perspetiva e associando-nos também aos 70 anos do Estádio, fizemos tudo, mesmo sabendo que não reúne as condições ideais, nos dias de hoje, para a realização de grandes jogos, de grandes eventos, para que o jogo se realizasse aqui no Estádio Nacional.»