O economista norte-americano defendeu ainda que os programas de relançamento da economia nos Estados Unidos e na Europa deveriam aumentar para cerca de 4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
De acordo com dados do FMI (Fundo Monetário Internacional), a Alemanha, primeira economia da Europa, está a gastar o equivalente a 1,5 por cento do seu PIB para combater a recessão e 2 por cento em 2010. Os Estados Unidos planeiam estímulos da ordem de 2 por cento da riqueza produzida em 2009 e 1,8 por cento no próximo ano.
«Não é suficiente, estamos realmente em perigo», afirmou Krugman ao intervir em Bruxelas numa conferência de imprensa.
Krugman considerou que os esforços de relançamento deverão chegar aos 600 mil milhões de dólares (462,5 mil milhões de euros) numa base anual nos Estados Unidos e a «qualquer coisa de similar» da ordem dos 500 mil milhões de dólares na Europa.
Para o Nobel da Economia, a Europa está a sofrer de uma falta de controlo centralizado da economia. «A Europa tem um problema real, não há uma autoridade central», disse. «Seria bastante útil, agora, se Bruxelas tivesse mais autoridade sobre a economia».
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