Por vezes o futebol português surpreende.
A contratação do espanhol Alberto Pazos para substituir Ulisses Morais no Marítimo é o último exemplo.
Primeiro porque faz pouco sentido deixar sair um treinador a sete jornadas do fim.
Depois porque nada no currículo de Pazos o recomenda para o lugar. Passou por Portugal há sete anos, não deixando qualquer marca relevante em Sp. Braga e Farense. Seguiu-se um percurso igualmente cinzento no seu país. Agora andava pelo terceiro campeonato espanhol quando foi chamado para tentar levar o Marítimo à Europa.
E que fez Pazos? Chegou, viu um jogo, dirigiu meia dúzia de treinos e resolveu colocar no banco três dos melhores jogadores: Marcinho, Gregory e Douglas. Aos 11 segundos já perdia, aos 90 minutos o Marítimo tinha encaixado quatro golos.
Até pode ser que Pazos seja um formidável treinador, um génio da táctica, do treino e da direcção de jogadores. Mas valerá mesmo a pena correr o risco de ele não ser nenhuma dessas coisas?