Final do ano: mais um desafio lançado pela equipa do Maisfutebol para escolher o onze nacional de 2015 – isto é, formado por jogadores que tenham atuado em clubes portugueses. À semelhança do ano passado, o critério da escolha remete para o período de Janeiro a Dezembro. A ideia é avaliar o rendimento ao longo do ano civil, abrangendo por isso metade de cada época.

Relativamente ao onze escolhido são mais os médios que os defesas, o que me fez avançar para um 3x5x2. Aqui vão as minhas escolhas.

Na baliza continua Rui Patrício. É o melhor guarda-redes português e voltou a demonstrá-lo. Fez um bom final na temporada passada e nesta nova época está novamente a ser decisivo no Sporting. As defesas que faz têm valido pontos e o seu rendimento tem sido determinante.

Na defesa, considerei Paulo Oliveira indiscutível e, de entre, os restantes escolhi Maxi Pereira e Luisão.

Com o seu perfil combativo, sempre a dar profundidade pelo corredor, Maxi Pereira continua, agora no FC Porto, com a mesma capacidade para ir por ali abaixo mantendo intactas as características que fizeram dele um jogador com rendimento no Benfica.

Luisão é outra das minhas escolhas para a defesa. Aos 34 anos apresentou, no primeiro semestre do ano, um bom rendimento e contribuiu para o título do Benfica liderando a defesa. Nesta nova época nem sempre esteve presente por causa de lesões, mas a sua presença dá outra solidez à equipa e isso é sinal claro de qualidade.

Por último Paulo Oliveira, que está no meu onze pelo terceiro ano consecutivo. Apesar de jovem a afirmação é definitiva. Tem na concentração uma das suas características, o que ajuda na segurança que transmite. A juntar a isto, a forma simples como joga traduz-se num rendimento elevado.

No meio campo repito três jogadores do ano passado e acrescento-lhes Danilo e William Carvalho.

Danilo foi uma presença marcante no Marítimo da época passada. Pelo bom rendimento apresentado despertou cobiça e chegou ao Porto. Conseguiu impor-se e tem sido um elemento válido na estrutura utilizada por Lopetegui.

Gaitán foi outro elemento importante para a conquista do título e mantém o rendimento nesta época. A importância que assime este ano é superior. A sua velocidade e a capacidade para desequilibrar fazem a diferença e tornam-no num jogador chave para a equipa.

André André também tem presença em dois clubes este ano.
Em Guimarães tinha um dos papéis principais e a equipa andava ao seu ritmo. O rendimento que apresentou no Vitória marcou-lhe o destino para 50 quilómetros de distância. Chegou ao Porto e não foi logo titular, mas mal entrou assumiu protagonismo e foi várias vezes decisivo na equipa. Pode fazer vários papéis e ter várias funções na equipa e Lopetegui tem usado com rendimento a sua qualidade e versatilidade.

William Carvalho fez um bom final de temporada: foi sempre o ponto de referência e mostrou a importância que tem na equipa. Este ano começou mais tarde a época por lesão mas logo recuperou a titularidade. Mal chegou, demonstrou por que tem de ser titular. Bom posicionamento e rapidez nas decisões fazem dele novamente este ano o elemento de equilíbrio, a apresentar-se em bom nível.

Por último, João Mário: no ano passado chegou a Alvalade e assumiu a titularidade. Este ano mantém-se um jogador indiscutível. Médio versátil, com muita qualidade a permitir aos treinadores uma utilização em várias funções e sempre com bom rendimento. Excelente técnica individual, com grande qualidade de passe e uma leitura de jogo acima da média fazem dele um elemento importante na equipa do sporting.

Na frente, escolho Jonas e Slimani. O brasileiro foi um dos principais responsáveis pelo título do Benfica. Excelente segunda metade de época, com 18 golos a valerem-lhe o segundo lugar na lista dos marcadores. Nesta primeira metade da temporada voltou a assumir um papel decisivo e os seus 13 golos permitem-lhe agora liderar essa tabela. O Benfica tem apresentado instabilidade exibicional e de resultados e Jonas também se ressente. Mas, apesar de tudo, mantém um bom índice de concretização e só a questão física que o está a condicionar nos últimos tempos lhe fez baixar o rendimento. Mesmo assim continua a ser importante, a marcar e a resolver, como se viu no domingo.

A evolução de Slimani desde a sua chegada tem sido evidente e este ano ainda com mais rendimento. Na primeira metade de 2015 já era a figura de ataque do Sporting, com cinco golos marcados. Nos últimos cinco meses já conta com oito golos e continua a ser importante na manobra ofensiva da equipa. A sua forma de jogar dá soluções à equipa e a verdade é que, fruto do seu trabalho individual e colectivo, conta com 33% dos golos da equipa na Liga.

Eis o meu onze nacional do ano: