Pedro Emanuel, treinador do Académica, no final do empate averbado esta quinta-feira, em Coimbra, diante do Plzen, para a Liga Europa:
Procuramos sempre o melhor para nós, mas, por mais que goste de sonhar com objetivos altos, temos de ver a nossa realidade e essa diz que tivemos uma passagem mais do que meritória, marcámos em todos os jogos, não perdemos em casa, e ainda temos mais um jogo para dignificar este clube. Já sei que vão dizer que jogámos com equipas de menor dimensão na Europa, mas cada um tem a sua opinião. Penso que as pessoas têm de dar a mão à palmatória e reconhecer que estivemos muito bem. Será um alento para o campeonato.
O Plzen vinha com o objetivo de passar à próxima fase enquanto nós tínhamos o alento de, graças à conjugação de vários fatores, podermos alimentar o nosso sonho até última jornada. Mas não aconteceu porque as equipas controlaram-se muito, houve demasiado equilibrado. O Plzen sabia onde poderíamos fazer a diferença e nós também em relação a eles. Sofremos o golo de uma maneira bastante conhecida, pois sabíamos que poderiam ser diferenciados caso tivéssemos uma perda de bola na primeira fase de construção. Acabámos, por, também de penalty, conseguir um empate justo, sem grande discussão.
[Faltou público nos jogos da Liga Europa?] Claro que desejava, eu e toda a estrutura do clube, que tivéssemos tido mais público a assistir a esta presença meritória, depois de um feito histórico na época passada. Esperávamos mais adesão, mas quem cá veio, esteve sempre connosco e hoje, mais uma vez, foi fundamental para o reajustar de uma desvantagem. Era importante ter havido mais público para reunir uma região, mas compreendemos que o momento que atravessa o país não permite um maior esforço das famílias.
[O treinador do Plzen comparou a situação da Académica ao do seu clube há uns anos, concorda?] Não sei se é muito similar, porque o investimento do Plzen é para ser campeão e o nosso para fazer melhor, mas primeiro com o objetivo de lutarmos pela manutenção. Gostaria que voltássemos a esta prova, mas a realidade do país, se calhar, não permite pensar assim. Só direção poderá definir. Tivemos uma participação com grande mérito, mas só futuro dirá se haverá mais.»