Marítimo e Penafiel voltam a medir forças no estádio dos Barreiros para a taça de Portugal depois de já o terem feito na passada semana, em jogo a contar para a taça da Liga, que terminou com um nulo no marcador, aumentando assim para quatro a série de jogos em que os penafidelenses não conhecem o sabor da derrota ante os madeirenses, pese embora a formação de Penafiel nunca tenha conseguido vencer na Madeira.

Depois de um jogo menos conseguido para a taça da Liga, Pedro Martins não tem dúvidas que agora é mesmo para vencer, classificando este embate como sendo «muito importante», já que, segundo o técnico verde-rubro, caso consigam passar estar eliminatória, o objetivo de chegar à final começa a ganhar grandes contornos: «Considero que a partir de agora, se passarmos esta eliminatória, as coisas começam a ter no horizonte algo que gostaríamos de atingir, que é a final da taça da Portugal», disse.

No entanto, o técnico não esquece que o Marítimo não venceu os últimos quatro jogos que disputou frente a este adversário, tendo inclusivamente sido eliminado da taça da Liga, em Agosto de 2007, e da taça de Portugal, em Janeiro de 2007, contabilizando assim duas derrotas no mesmo ano, embora em temporadas distintas: «É um aviso! E é um aviso o que aconteceu no último jogo porque fizemos uma primeira parte má e porque fomos muito previsíveis e eu tenho a certeza que agora vai ser diferente, até porque é outra competição», começou por referir, acrescentando: «Sabemos que os atletas, por vezes, por muita atenção que se chame, sendo o adversário de um escalão diferente, a própria mensagem não consegue chegar lá. Há um ou outro que tende a facilitar.»

O técnico verde-rubro acredita que os penafidelenses deverão usar uma tática semelhante à da passada semana, utilizando um bloco baixo que permita evitar sofrer golos, explorando as transições rápidas de modo a surpreender os verde-rubros, pelo que revela o segredo para levar este jogo de vencida: «Sabemos que vamos contar com o mesmo Penafiel, com a mesma organização, a demonstrar porque é que é a defesa mais eficaz no campeonato. Temos que ter uma primeira parte com maior dinâmica, com maior imprevisibilidade, com maior velocidade para levarmos de vencida o Penafiel», explicou.

Este será o primeiro jogo de um mês cheio de dificuldades, já que os verde-rubros jogam por quatro vezes fora de portas depois do embate ante o Penafiel, dividindo os jogos pela taça da Liga e campeonato, visitando o reduto do Rio Ave e Benfica para a Liga e os terrenos de Alvalade e Dragão para a taça, regressando depois a casa, novamente para o campeonato, de modo a defrontar pela segunda vez consecutiva o FC Porto.

«As vitórias e os bons resultados são as vitaminas de tudo e mais alguma coisa. Não há vitórias morais, não há derrotas morais. Da vitória extrai-se a motivação e a confiança que dá o atleta, e, portanto, é fundamental começar o ano com um bom jogo», começou por explicar, finalizando: «Temos condições, porque jogamos em casa e porque somos, na teoria, mais fortes.»