Pedro Martins espera um Marítimo sem receios

A boa réplica do Marítimo no estádio do Dragão no último fim de semana, em jogo a contar para a Taça da Liga, não convence Pedro Martins de que a pressão sentida pelo FC Porto possa aumentar, já que, recorde-se, os dragões não podem perder pontos, sob pena de verem os dois primeiros classificados alargarem o fosso pontual de detêm sobre si.

«Quem está no Porto e sabendo o grau de exigência que é representar esse clube, sabe da pressão e da exigência que é lutar pelo título, e esse tipo de pressão é mais benéfica do que a de lutar pela manutenção», explicou o técnico verde-rubro.

Pedro Martins quer, no entanto, que o Marítimo enfrente os pupilos de Paulo Fonseca olhos nos olhos, já que as indicações dadas nesse jogo permitem afiançar que os verde-rubros têm condições para o fazer, embora considere imperioso conseguir manter os níveis de concentração ao longo de todo o jogo: «Espero que a equipa tenha o mesmo comportamento e que não tenha receios. Vamos defrontar uma boa equipa, que é das melhores equipas portuguesas e da Europa, mas que eles acreditem que é possível fazer um bom jogo, conquistar pontos, porque há uma semana atrás provamos que era possível», disse, acrescentando: «Esperemos que a equipa nos momento chave do jogo esteja concentrada para não permitir o que aconteceu nos últimos cinco minutos e que acreditem que é possível repetir a boa exibição. Tem-nos acontecido estes erros e desconcentrações que nos têm tirado pontos.»

Por fim, o técnico maritimista não passou ao lado do tema que mais tinta tem feito correr nos últimos dias, nomeadamente o interesse do Sporting na contratação de Héldon. Questionado se isso poderia trazer problemas ao Marítimo, já que poderia desestabilizar aquele que é um dos seus melhores ativos, Pedro Martins foi peremptório: «Tenho falado com o Héldon para se abstrair e continuar a fazer o seu trabalho, porque tenho a certeza que se não for agora, se continuar a trabalhar para fazer um grande campeonato, mais tarde ou mais cedo acaba por ser vendido», finalizou.