Uma vitória é sempre uma vitória e para um Paços a atravessar época de constante sofrimento, este triunfo por dois golos sobre o V. Setúbal pode ser moralizador, ainda que não tenha valido a passagem às meias-finais.

O Paços entrou bem no jogo: disposto a marcar cedo, com boa movimentação ofensiva.

Calisto assumiu uma atitude atacante logo no onze que escolheu: Del Valle assentou praça na equipa titular, Buval parece ter ganho o lugar a Carlão, Bebé é cada vez mais a arma ofensiva em quem os pacenses depositam as maiores esperança de resolução de uma partida.

Depois de alguns avisos, o golo apareceu mesmo, através de Buval, em lance com méritos a atribuir a Sérgio Oliveira e Bebé: o primeiro cortou lance impedindo início de jogada ofensiva do adversário, o segundo deu seguimento e asssitiu o ponta-de-lança para golo fácil.

O arranque foi todo do Paços, mas a história deste jogo estava longe de estar terminada.

O V. Setúbal demorou algum tempo a recompor-se, mas soube reagir. Pedro Tiba lançou dois avisos, em remates em zona frontal. Rafael Martins seguiu-lhe o ritmo, minutos depois (sendo que o segundo tiro bateu no poste).

O Paços assustou-se, recuou as linhas, convidou o adversário a acreditar no empate. O 1-1 já se adivinhava, até que Bebé decidiu voltar a dar um ar da sua graça e, por duas vezes, esteve perto do 2-0.

Tiago Valente , então, esteve mesmo quase a selar o segundo, ao cabecear à barra. O Paços voltava a mandar no jogo.

Já quase no intervalo, uma falta dura de Kiko sobre Tony atirou o lateral pacense para fora das quatro linhas. Vermelho direto e o V. Setúbal a ter que encarar a segunda parte com menos um.

O segundo tempo foi muito condicionado por essa diferença numérica. Os setubalenses perderam boa parte do poder de ameaça, os pacenses puderam fazer uma gestão menos arriscada da magra vantagem que possuíam. 

Valeu o belo golo de Sérgio Oliveira, de livre, mesmo ao cair do pano, a premiar boa exibição individual do médio.