Pepe foi operado ao joelho esquerdo há, precisamente, seis meses e a data foi assinalada pelo diário espanhol AS, que aproveitou para entrevistar o internacional português, nesta quinta-feira. O médio/defesa do Real Madrid assegurou estar pronto para ajudar Portugal a seguir em frente no Mundial.

«Estou bem e cheio de vontade de jogar. Estou muito contente por fazer parte de um grupo fantástico. Não começámos da forma que queríamos, porque o nosso objectivo era entrar a ganhar, mas o mais importante foi somar pontos», começou por dizer Pepe. «Foram seis meses de luta e sacrifício para poder estar aqui. O mais importante é poder ajudar e vejo-me capaz de fazê-lo», reforçou.

O regresso à competição no jogo particular de Portugal com Moçambique foi «um momento inesquecível» para Pepe, para quem «os dois primeiros meses da recuperação e o início dos treinos no relvado foram os mais complicados».

Meio ano depois, o internacional português assumiu ter mudado «muito»: «Agora estou mais forte a nível mental e dou valor a coisas que antes não dava importância.»

Voltando à estreia de Portugal no Mundial, Pepe lembrou que «foi um jogo bastante táctico», mas que faltou à equipa «um pouco mais de atrevimento e rasgo» frente à Costa do Marfim.

Nesse encontro, Raul Meireles saiu queixoso e a possibilidade de ser titular frente à Coreia do Norte não foi excluída pelo médio/defesa. «Veremos o que acontece, mas vim para ajudar no que seja necessário», afirmou.

Questionado sobre a importância do jogo com o Brasil, no encerramento da fase de grupos, Pepe disse que primeiro é preciso pensar na Coreia do Norte, o próximo adversário. «Ainda não temos de pensar no Brasil e sim no próximo jogo, que será complicado e para qual devemos estar preparados», analisou o jogador naturalizado português, que não esquece as origens: «Será [especial defrontar o Brasil] porque nasci lá e tenho muitos familiares, mas a minha camisola é a portuguesa.»

Caso Portugal seja bem sucedido e se qualifique para os oitavos-de-final, Pepe reconheceu que «será complicado» defrontar a Espanha, pois acredita que a Roja «vai passar em primeiro no seu grupo, apesar da derrota surpreendente com a Suíça».