Os dez jogos de castigo impostos a Pepe, na sequência das agressões a Casquero, no Real Madrid-Getafe, é um dos mais pesados de sempre da história do futebol espanhol, mas, segundo um registo apresentado pelo diário As, já houve penas mais longas.
No top dos castigos está Joaquín Cortizo, antigo lateral direito do Saragoça dos «cinco magníficos, que, na temporada de 1964/65, foi punido com 24 jogos de suspensão por uma entrada dura sobre o jogado do Atlético Madrid Enrique Collar que lhe provocou uma fractura na perna esquerda.
No segundo lugar dos castigos mais pesados, está o paraguaio Pedro Fernández, do Granada. O central foi punido com quinze jogos, também por uma entrada dura, desta feita sobre o merengue Amancio em jogo dos quartos-de-final da Taça do Rei de 1974.
No terceiro lugar deste pouco ambicionado «pódio» está Andoni Goikoetxea (At. Bilbao) por uma entrada sobre Diego Maradona (Barcelona) num jogo disputado a 24 de Setembro de 1983 no Estádio San Mamés, apesar do jogador basco, na sequência de um recurso, ter cumprido apenas sete.
Os dois últimos intervenientes, Goikoetxea e Maradona voltaram a estar na mira da justiça, na mesma temporada, na final da Taça do Rei, quando, no final da partida, os jogadores das duas equipas se envolveram numa verdadeira batalha campal no Santiago Bernabéu. Os dois jogadores, em conjunto com outros quatro, dois de cada clube, foram suspensos por três meses. O mesmo castigo foi também imposto ao guarda-redes argentino Germán «El Mono» Burgos quando defendia a baliza do Maiorca. A agressão ao avançado do Espanhol Manuel Serrano, custou-lhe onze jogos.
Além de Burgos, há ainda outro guarda-redes na lista dos jogadores punidos com mais de dez jogos: José Maria Ceballos, guardião do Racing, foi suspenso por onze jogos por ter atingido um árbitro com uma cabeçada. Depois de um apelo, o castigo foi reduzido em três jogos. Com os mesmos dez jogos do que Pepe foi ainda punido o paraguaio do Bétis «Lobo» Diarte por agressão a Ruda do Sevilha.
A maior redução de um castigo depois de apreciado o recurso aconteceu com Hristo Stoitchkov, internacional búlgaro do Barça que foi castigado por seis meses por ter pisado o árbitro no decorrer da disputa da Supertaça de 1990/91, mas acabou por cumprir apenas dois meses e dois jogos.
Com menos de dez jogos, há dezenas de casos, o mais recente dos quais, antes do que se passou com Pepe, envolveu uma acesa picardia entre Carlos Diogo (Saragoça) e Luís Fabiano (Sevilha) que resultou num castigo de cinco jogos para cada jogador.