Anderson Polga foi o mais azarado na pré-época dos leões com uma lesão muscular que o atrasou em quinze dias na preparação em relação aos seus companheiros. Apesar do contra-tempo, o central brasileiro acredita que, com algumas correcções, o Sporting pode vir a ser mais forte do que a época passada.
«Em relação ao grupo tenho quinze dias de atraso, mas já estou há onze dias a treinar normalmente, estou a recuperar bem para poder voltar a treinar sem dores. Estou a reagir bem e estou a conseguir fazer os trabalhos com a força necessária», começou por destacar.
Apesar do atraso, Polga já entrou em acção, na última sexta-feira, na vitória sobre o West Bromwich Albion (3-1) e considera que o Sporting tem tudo para se apresentar mais forte na nova temporada. «No início de época é sempre difícil falar alguma coisa, mas nos jogos que já fizemos já deu para notar que o conjunto continua forte e em relação à forma de jogar, apesar de termos de aperfeiçoar algumas coisas, já existe algum entrosamento, até porque a base foi mantida. Esperamos melhorar, subir de produção para esta época termos o desejado sucesso que não aconteceu o ano passado. Aprendemos com os nossos erros e, este ano, vamos estar mais fortes», explicou.
Na defesa saíram Enakarhire, Rui Jorge e Hugo, mas chegaram Tonel e os jovens Miguel Veloso, Semedo e André Marques. «A base da equipa foi mantida, saíram bons jogadores, até do próprio sector defensivo, mas chegaram outros, com a subida dos jogadores da base. São todos jogadores de qualidade e que nos podem ajudar. Todos os jogadores têm importância dentro do grupo e cada jogador tem que se sentir muito forte, tem que se sentir um pilar, para cada um poder sustentar o outro», comentou o central.
Na última temporada, o Sporting destacou-se com o melhor ataque da Superliga, mas revelou muitas fragilidades no sector defensivo, particularmente na primeira volta em que sofreu muitos golos. Polga já nota algumas diferenças. «É um dos objectivos que temos neste início de época. Somos uma equipa que faz muitos golos, mas acabamos por sofrer também. Estamos a trabalhar para isso, é importante que cada jogador saiba que tem de melhorar. Já se nota uma diferença, mas temos de trabalhar mais para manter as coisas positivas que fizemos a época passada e ao mesmo tempo sermos uma equipa difícil de ser batida», referiu.
Polga insiste na ideia que o Sporting parte com a vantagem de já ter um grupo formado que só pode ser melhorado. «O conjunto é importante, a base foi mantida e se os jogadores que chegaram conseguirem adaptar-se vai ser fácil, até porque os jogadores do Sporting têm todos uma grande técnica. Vai ser o conjunto com algumas melhoras na marcação, uma equipa mais madura para poder vencer», explicou.
Fábio Rochemback, cunhado de Polga, foi promovido a quarto capitão do Sporting mas, apesar da proximidade familiar com o seu compatriota, o central defende que pouco vai mudar na relação entre os dois. «Isso foi dado ao Fábio pelo sentido de liderança que tem, é um jogador que vibra muito e procura as vitórias sempre com muita luta. Isso foi visto pela direcção e pelos companheiros também e por isso lhe foi dada a faixa de capitão, mas para mim não muda nada. É um amigo e fico contente pelo respeito que todo o mundo tem por ele aqui», comentou.
Deivid foi um dos últimos reforços a chegar a Alcochete, mas Polga já o conhecia do Brasil. «É um jogador fora-de-série, um jogador que venceu sempre por onde passou. É um jogador de ponta que chegou para nos ajudar e vai ser uma grande ajuda. Vai-nos tornar uma equipa mais compacta e veio para vencer», contou.
Depois de Deivid, chegou ainda Tonel, um central que Polga também já conhecia dos jogos da Superliga e que «hoje faz parte do grupo do Sporting porque tem qualidade». Semedo é outra das opções para o centro da defesa, um «jogador de força» que faz falta à equipa, na óptica de Polga.