O secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo, garante que não são feitas pressões na função pública para saber antecipadamente quem vai aderir à greve, noticia a Lusa.

João Figueiredo disse aos jornalistas que nunca sentiu, ao longo de cerca de 30 anos, que no interior da Administração Pública existissem pressões para saber se alguém vai fazer greve e nunca teve conhecimento de qualquer relato nesse sentido.

«Os serviços públicos não controlam quem faz greve, mas têm obrigação de ver quem está ausente e quem está presente e o motivo da ausência», explicou, acrescentando que não é possível fazer isto antecipadamente, até porque as pessoas também podem adoecer em dia de greve e não o sabem por antecipação.

«É legitimo fazer greve, assim como é legitimo trabalhar em dia de greve», afirmou, a propósito da paralisação de hoje convocada pelas três estruturas sindicais da função pública.

«O Governo aguarda com tranquilidade o resultado da adesão à greve», afirmou o governante, acrescentando que será impossível apresentar dados globais da paralisação no início do dia. Segundo João Figueiredo, só no final do dia poderão ser apresentados dados globais da greve, «maior rigor». O secretário de Estado vai fazer um balanço da greve aos jornalistas ao final da manhã e ao final do dia.

O governante assegurou ainda que o Governo tem estado no processo de negociações com os sindicatos da função pública com a convicção de que o país e os funcionários públicos estão a fazer um percurso no sentido do equilíbrio e da consolidação das finanças públicas.

«O governo está muito convicto de que isso é muito importante para o país e para os cidadãos e é nesse pressuposto que tomou as posições que tomou neste processo negocial», concluiu.