O Presidente da República, Cavaco Silva, sublinhou esta quinta-feira, no Chile, que a greve «é um direito constitucional» mas recusou fazer mais comentários sobre a paralisação da administração pública marcada para 30 de Novembro.
«É uma liberdade constitucional que devemos respeitar. Quando os portugueses fazem greve, apenas podemos dizer que estão a utilizar um direito constitucional», afirmou Cavaco Silva, questionado pelos jornalistas no final de uma visita à casa-museu do poeta chileno Pablo Neruda.
No Chile, o chefe de Estado recusou comentar outra questão que tem marcado a actualidade portuguesa, o pacto de regime para as obras públicas, proposto pelo PSD e já rejeitado pelo Governo.
«Aqui não posso comentar questões de ordem interna», disse.
Mas questionado sobre o Orçamento de Estado para 2008, hoje aprovado na generalidade, Cavaco Silva lembrou que a proposta orçamental ainda irá para discussão na especialidade.
«O Orçamento não está aprovado, está em discussão na Assembleia da República. Vai levar ainda algum tempo a chegar à Presidência da República», salientou.
Cavaco Silva terminou hoje uma visita oficial de dois dias ao Chile, iniciando ao final do dia a sua participação na XVII Cimeira Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, em Santiago do Chile.
Política
8 nov 2007, 22:30
«Greve é um direito constitucional»
Lembrou Cavaco Silva durante a sua visita ao Chile
Sara Madeira para Lusa
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