Em conferência de imprensa no Parlamento, Paulo Portas considerou que «parece evidente que a remodelação foi uma confissão de fraqueza" do governo, e não significa «um novo fôlego político».
Paulo Portas responsabilizou em primeiro lugar o primeiro-ministro pelas «políticas erradas» na Saúde, e disse «não perceber» a permanência de outros ministros que, na sua opinião, estão prejudicados na credibilidade, como as Obras Públicas, Educação, Economia e Agricultura.
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«Neste regime de autoritarismo do primeiro-ministro, é o primeiro-ministro o autor das políticas. É o primeiro-ministro que está errado quanto às políticas da Saúde e da Cultura», afirmou. Portas considerou que as alterações no executivo «não tocam» nos problemas essenciais do país, como a pobreza, o desemprego, a falta de crescimento económico e a «pressão fiscal» sobre os portugueses.
Quanto à substituição de Correia de Campos na pasta da Saúde, Paulo Portas considerou que a saída «é evidente» e «dá razão àqueles que como o CDS-PP denunciaram a ausência de lógica e sensibilidade» políticas.
«Neste sentido, a saída de Correia de Campos é um alívio para muitos portugueses», considerou, insistindo, no entanto, que «a política do ministro da Saúde é a política do primeiro-ministro».
Quanto à saída de Isabel Pires de Lima, Portas disse apenas que «não se deu pela existência de uma política de cultura» no Governo.
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