Pedro Passos Coelho declarou o seu apoio «incondicional» a Manuela Ferreira Leite, a grande vitoriosa nesta eleição para a liderança do PSD. «Estou disponível incondicionalmente para colaborar. Essa colaboração será, em primeiro lugar, com o partido e com a dra. Manuela Ferreira Leite», disse durante o seu discurso de derrota. «Terá toda a minha solidariedade e ajuda», sublinhou.

Na sede de candidatura do Campo Grande, em Lisboa, e numa altura em que ainda faltavam escrutinar várias distritais, por volta das 18 horas, a candidatura de Passos Coelho assumia-se como a segunda mais votada, com cerca de 30 por cento dos votos.

Politicamente correcto, Passos Coelho começou por cumprimentar Manuela Ferreira Leite (telefonou-lhe pelas 17 horas), mas admitiu o óbvio, que não era aquele o resultado que esperava. «Foi uma campanha muito intensa em que os resultados finais não são os que pretendia», disse, justificando: «Uma vez feita a clarificação, estaremos agora em tempo de produzir a unidade dentro do PSD».

Listas no congresso nacional

No seu discurso, que durou cerca de oito minutos, avisou que «uma batalha não é a guerra», dando assim sinais de querer aproveitar o capital ganho para representar os «milhares de militantes» que votaram nele e que seria, a partir de agora, «o fiel depositário da esperança numa renovação, numa mudança».

Passos Coelho anunciou que concorrerá com listas próprias aos órgãos do congresso social-democrata e assumiu que não faz parte de uma qualquer corrente dentro partido. «Não me apresento como herdeiro de nenhuma facção», disse.

Mandatário nacional ausente

Na sede de campanha do Campo Grande, em Lisboa, passaram algumas figuras conhecidas do partido, como o banqueiro Paulo Teixeira Pinto, Miguel Relvas (um dos maiores impulsionadores da campanha), Miguel Frasquilho, Isabel Meireles ou Assunção Esteves. Uma das grandes ausências notadas na sala onde decorreu o discurso foi a de Fernando Ruas, mandatário nacional da campanha de Passos Coelho.

Não havendo vitória para comemorar, Pedro Passos Coelho e os seus apoiantes abandonaram a sede de campanha ainda antes das 20h00. Segundo sabemos, não estavam previstas quaisquer comemorações noutro local.

Actualizada às 20h00