Os parceiros sociais portugueses consideraram esta quarta-feira que a participação de Portugal na presidência da União Europeia foi positiva, porque conseguiu transmitir para o exterior a imagem de um país mais moderno e desenvolvido, escreve a Lusa.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) destacou a realização das cimeiras empresariais, que representaram um importante passo para as empresas nacionais ganharem mais contactos no exterior.

Francisco Van Zeller diz que destes encontros podem surgir projectos futuros e novas ligações.

«A presença do primeiro-ministro e do Presidente da Comissão Europeia deu maior prestígio e maior relevo às cimeiras empresariais e tornou possível a resolução de alguns problemas que fomos apresentando», frisou.

Também a Confederação de Turismo Português (CTP) fez um balanço positivo da presidência portuguesa, porque demonstrou um grande apoio ao turismo europeu, em particular através da menção sobre o sector incluída no Tratado de Lisboa, disse à Lusa o presidente da confederação, José Coelho.

A realização do Fórum Europeu do Turismo, do qual nasceu a Agenda para um Turismo Europeu, para conjugar a sustentabilidade com a competitividade, foi outro elemento muito importante para a promoção do turismo a nível europeu, segundo José Coelho.

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) revelou ter tido expectativas de que a aprovação do novo acordo do Organismo Comum do Mercado do Vinho seria mais célere e «que a resolução final poderia beneficiar mais Portugal», afirmou o presidente, João Machado.

Para a CCP - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal a presidência portuguesa cumpriu os objectivos propostos na governação, tendo o tratado representado um marco na história da União Europeia.

«A presidência portuguesa tem um balanço final bastante positivo, para nós, no sentido que a assinatura do Tratado Europeu em Lisboa vai ficar marcada na história da União Europeia», referiu à Lusa João Proença, secretário-geral da UGT.

«A apresentação de novas soluções pela presidência portuguesa deixou portas abertas para a tomada de novas medidas importantes nas próximas presidências», disse.

A realização da Cimeira Europa/África foi também um dos mais importantes passos na criação de novos laços entre os dois continentes para a UGT, apesar de a central sindical considerar que «podia ter-se avançado mais na área social».

Em declarações à Lusa, Florival Lança, responsável pelas relações internacionais da CGTP, considerou que as iniciativas realizadas pela presidência portuguesa fizeram passar uma imagem prestigiante do país, contudo, não deixou de assinalar alguns aspectos que considerou «altamente negativos».