O ministro das Finanças disse hoje «respeitar» a greve nacional da função pública marcada para quinta e sexta-feira, mas garantiu que a paralisação não irá mudar «o rumo das políticas do Governo».

«É um direito que assiste aos trabalhadores, que respeito e não questiono», afirmou Teixeira dos Santos, em declarações aos jornalistas no final do segundo dia de debate do Orçamento de Estado para 2007.

Contudo, acrescentou o governante, «não é pela greve decorrer que o Governo vai mudar o rumo das políticas que são importantes para que se consiga ter uma economia mais dinâmica e próspera».

O ministro das Finanças reconheceu, contudo, que lamenta a atitude dos sindicatos perante as propostas de alterações do executivo socialista.

«Tenho pena que neste país, (...) os sindicatos não tenham dado abertura como aconteceu em outros países» onde já foram implementadas medidas semelhantes, acrescentou Teixeira dos Santos.

«As negociações fracassaram porque sempre nos deparámos com uma forte resistência a qualquer mudança», salientou, considerando «fundamental» mudar a administração pública.

Teixeira dos Santos reafirmou ainda que a reforma da administração pública que o Governo pretende implementar «é uma reforma a pensar nos funcionários públicos que são cumpridores, tem um bom desempenho e demonstram uma grande devoção» ao seu trabalho.

«Queremos uma administração pública que garanta o futuro dos trabalhadores», sublinhou, insistindo que o Governo pretende tornar as «carreiras mais aliciantes», dar melhores perspectivas de salários aos funcionários públicos e «reconhecer o mérito».