Portimonense e Académica empataram (2-2) no Algarve, num jogo emotivo, em que os estudantes foram para intervalo com uma vantagem de dois golos. Miguel Fidalgo e Hugo Morais marcaram para a equipa de Jorge Costa e Renatinho e Nilson, restabeleceram a igualdade.

Foi sem surpresa que a Académica foi para o descanso (?) com a apreciável vantagem de dois golos, materializando um domínio efectivo nesse período, do primeiro ao último apito do (contestado) árbitro Hugo Pacheco.

Começando pelo juiz portuense, a altercação dos adeptos algarvios começou quando anulou um golo a Jumisse, aos 39 minutos, por pretensa falta de André Pinto sobre Orlando. O caldo entornou de vez aos 43 minutos, quando Renatinho caiu na área em disputa com um adversário e o árbitro mostrou-lhe cartão amarelo por entender que o brasileiro simulou falta para cavar uma grande penalidade.

Como se não bastasse, o segundo golo dos estudantes saiu de um livre muito protestado pelos algarvios. A Académica também teve razões de queixa da equipa de arbitragem, que anulou um golo aparentemente limpo a Sougou, já que André Pinto parece colocar em jogo o senegalês.

Também houve futebol e aí os estudantes foram claramente superiores. Sem marcações apertadas, foi com naturalidade que a Académica fez sobressair melhores valores individuais e equipa mais madura: deu sentido único na direcção da baliza de Ventura. Empurrado para o seu meio-campo, os algarvios foram, contudo, os primeiros a criar perigo (15 minutos), num cabeceamento de André Pinto, na sequência de um canto.

O melhor toque de bola dos visitantes fez mossa três minutos depois, por Miguel Fidalgo, rápido na recarga a um remate de Sougou, que Ventura defendeu. Até ao intervalo, um remate de Renatinho (20 minutos) foi praticamente o único lance ofensivo do Portimonense digno de ser registado. Sempre mais bem organizada, a equipa de Jorge Costa nunca perdeu o controlo do jogo, e aumentaria a vantagem no minuto de compensação dado pelo árbitro, numa primorosa execução de Hugo Morais, num livre directo sem hipótese de defesa para Ventura.

Na segunda parte, o Portimonense ganhou metros e complicou a vida ao adversário, que passou por momentos, que face ao ocorrido na primeira parte, não se imaginaria. Litos (expulso ao intervalo e na bancada a orientar) apostou mais no ataque, com a entrada de Kadi (55 minutos) e motivou os seus jogadores, que, com grande atitude, diminuíram as diferenças entre as duas equipas (que as há, efectivamente), e, num minuto o Portimonense empatou: Ricardinho (64 minutos) marcou um livre em arco na esquerda, com a bola a entrar junto ao poste direito da baliza de Peiser e no minuto seguinte, Nilson, também na esquerda, num remate rasteiro.

E foi assim, de uma forma simples e rápida, que o Portimonense resolveu um problema complicado, chegando ao empate, e com motivação para ter conseguido algo mais, sendo a partir desse momento (o do empate) a equipa que mais perto esteve de vencer, embora a atribuição dos pontos se ajuste à divisão de superioridade das equipas nos dois períodos do jogo.