O Portimonense deu um passo atrás na luta pela manutenção, ao perder com o Paços de Ferreira, que continua numa...boa onda. Nélson Oliveira marcou o único golo do jogo e Carlos Azenha continua sem vencer um jogo do campeonato, como treinador principal.

Houve mais Portimonense que Paços na primeira parte. Os algarvios, que até entraram tímidos no jogo, inverteram a partir dos dez minutos o controlo da partida, passando a actuar mais próximo da baliza adversária.

Com boa circulação de bola e muito jogo pelas alas, o Portimonense obrigou o adversário a preocupar-se mais em destruir do que a construir. Ivanildo e, principalmente, Candeias, que tirou partido da vocação ofensiva de Maykon, foram grandes canalizadores de jogo junto às linhas, em transições rápidas efectuadas (quase sempre) por Elias e Pedro Silva.

Ambos dispunham de algum espaço, pois só André Leão tentava controlar as movimentações dos algarvios. Mas num duelo desigual, tão desacompanhado que estava, e que lhe custou até um amarelo, que até poderia ter sido vermelho, quando impediu que Pedro Silva se isolasse em zona frontal. O Portimonense dominava, jogava próximo da baliza de Cássio, mas faltou correspondência em flagrantes oportunidades de golo. Ruben Fernandes (22 minutos), de cabeça, falhou a mais real ocasião para os algarvios irem para intervalo em vantagem.

Maior alma pacense

O Paços entrou mais atrevido para a segunda parte e começou a dividir o jogo. Assistiu-se então a uma luta táctica e pela posse de bola, que levou as duas equipas a aumentarem a distância em relação às balizas. As substituições deram maior profundidade ofensiva às duas equipas que com o escoar do tempo foram encurtando distâncias para as balizas.

A alma dos pacences era maior e o Portimonense não conseguiu travá-la. Os algarvios atacavam mais com o coração, enquanto o adversário tinha mais método, o que lhe conferia maior objectividade na delineação das investidas. Mas, diga-se, sem causarem também real perigo para Ventura.

E quando se pensaria que o empate acabaria por prevalecer, um remate à entrada da área de Nélson Oliveira na sequência de um alívio da defesa algarvia, deu números errados ao marcador, num jogo onde o empate encaixava na perfeição. Mas uma equipa com a moral em alta é meio caminho andado para o êxito!