Aquela primeira parte, não o faria prever. Nos primeiros 45 minutos, o Benfica dominou em toda a linha, alcançado uma justa vantagem de dois jogos.

Mas, numa segunda parte em que não apareceram tão bem, os encarnados podiam, em cinco minutos, ter deitado tudo a perder. Na baliza, valeu Trubin que defendeu um penálti e impediu, na altura, o empate.

Os encarnados ganharam ao Portimonense por 1-3, num jogo em que cedo se souberam impor. Não foram brilhantes – é um facto -, mas o que mostraram foi mais que suficiente para alcançarem a vitória... apesar do calafrio.

O Benfica entrou avassalador. Nos primeiros 17 minutos, a equipa de Roger Schmidt marcou os dois golos com que foi a vencer para o intervalo.

O primeiro surgiu aos 6m. Bah redimiu-se da má exibição europeia e apontou um grande golo. Kokçu fez o passe para o defesa direito que, de fora da área, rematou colocado ao poste, sem hipóteses para o guardião adversário.

Nas bancadas, os milhares de adeptos do Benfica iam fazendo a festa que se adensou aos 17 minutos.

Kokçu (mais uma vez) desmarcou Neres – hoje titular em detrimento de Di María, a contas com uma lesão – que correu para a baliza e passou para Musa.

Sem oposição, o avançado croata só teve de encostar.

O domínio do Benfica estava à vista e perduraria no restante primeiro tempo – o Portimonense ainda reagiu, a partir dos 30 minutos, mas as melhores chances continuaram a ser dos encarnados.

Rafa, aos 32m e 37m, podia ter ampliado a vantagem, mas foi perdulário, permitindo defesas a Vinicius – um dos melhores dos algarvios, a par de Gonçalo Costa.

Se na primeira parte foram os visitantes a entrar muito melhor, na segunda o Portimonense soube colocar este Benfica em sentido.

Tudo começou num grande golo de Hélio Varela. Lançado por Jasper – bom jogo do avançado – Varela correu para a área e rematou de pé esquerdo para o fundo das redes de Trubin (56m).

Ainda a festejar o golo, o Portimonense teve uma ocasião soberana para empatar. Morato cortou um remate com a mão e Hélder Malheiro, chamado ao VAR, não hesitou em marcar penálti.

Era um lance crucial para a história do jogo: no frente a frente com Trubin, Rildo não conseguiu converter.

Refeito do susto, o Benfica pegou no comando do jogo e até voltou a marcar. Neres recebeu um passe de Rafa, após um contra-ataque rapidíssimo, e rematou para o poste mais longe de Vinicíus (66m).

A história do jogo acabaria ali - os encarnados limitaram-se a gerir a vantagem e saíram de Portimão com os três pontos. Sofridos, mas merecidos.