Ilker Casillas não fez uma única defesa na meia-final do Campeonato da Europa entre Portugal e a Espanha. Esta é a principal conclusão dos números deste jogo que acabou por ser decidido no desempate por grandes penalidades. Números que dão bem conta da forma de jogar da equipa de Vicente del Bosque, uma equipa que asfixia os adversários, mas que também remata pouco. Rui Patrício também fez só três defesas.

Espanha: o «polvo» que estrangula os rivais

Nenhuma surpresa, portanto, uma vez que a Espanha já não sofre um golo em jogos a eliminar desde 2008 (ver peça associada). Já no jogos dos quartos de final, frente à França, a equipa de Vicente del Bosque consentiu apenas quatro remates, apenas um deles dirigido à baliza de Casillas. Portugal fez um pouco melhor, com um total de dez remates, mas apenas dois foram dirigidos à baliza, mas mesmo estes não chegaram a Casillas.

A Espanha, por seu lado, fez onze remates, cinco dirigidos à baliza, embora só três tenham obrigado à intervenção de Rui Patrício.

Os números chegaram a ser mais favoráveis às cores portugueses nos noventa minutos, mas a Espanha conseguiu puxá-los para o seu lado nos trinta minutos do prolongamento, conseguindo aumentar a percentagem de posse de bola, número de remates e pontapés de canto.

PORTUGAL-ESPANHA (os números)

Posse de bola: 43%-57%

Total de remates: 10-11

Remates à baliza: 2-5

Remates ao lado: 8-6

Remates bloqueados: 2-2

Cantos: 6-7

Foras de jogo: 2-3

Cartões amarelos: 5-4

Faltas cometidas: 31-21