O crescimento registado nos empréstimos a particulares em Portugal manteve-se estável em Fevereiro, nos 8,9%, graças ao abrandamento dos pedidos de crédito à habitação, que compensaram a aceleração regista nos pedidos de crédito ao consumo.

De acordo com os dados revelados pelo Banco de Portugal (BdP) nos Indicadores de Conjuntura, «a taxa de variação dos empréstimos a particulares para aquisição de habitação manteve a tendência de desaceleração observada desde o início de 2006, tendo diminuído em Fevereiro 0,1 pontos percentuais (p.p.), para 8,3%)».

Por outro lado, acrescenta o banco central, a taxa de variação dos empréstimos concedidos a particulares para consumo e outros fins aumentou de 11,1 para 11,4%.

Já os empréstimos a sociedades não financeiras, ou seja, a empresas, aceleraram de um crescimento de 12,7 para 13%, o que foi suficiente para fazer acelerar também os empréstimos concedidos ao sector privado não financeiro, cuja variação subiu uma décima para 10,6%.

A compensar este efeito estiveram os empréstimos concedidos a instituições financeiras não monetárias, ou seja, a financeiras e bancos no geral, que desaceleraram para um crescimento de 22,2%, face aos 26,5% de Janeiro.

Contas feitas, a taxa de crescimento dos empréstimos bancários concedidos ao sector não monetário (excluindo administrações públicas) manteve-se virtualmente estável face ao mês anterior, em 11,1%.