De acordo com o documento, o banco aponta para um crescimento de apenas 1,2% da economia mundial em 2009, bem menos de metade da previsão anterior, que era de 3,2%. Num ano que deverá ser o pior desde a década de 80, o Deutsche acredita que EUA, Japão e Zona Euro entrarão em recessão e que é nesse cenário que o Banco Central Europeu (BCE) vai cortar a taxa de juro de referência para 1,5%, face aos actuais 3,75%.
De acordo com os economistas Peter Hooper e Thomas Mayer, responsáveis pela nota de research do Deutsche Bank, a economia norte-americana deverá registar uma contracção de 1,4%, o Japão de 1,2%, e a Zona Euro de 1%.
Consequência deste contexto macroeconómico, o banco aponta para uma desaceleração da taxa de inflação, com os bancos centrais a ficarem com margem de manobra para baixar o preço do dinheiro. As contas do Deutsche Bank apontam para que as taxas de juro dos EUA fiquem nos 1% no ano que vem.
O Deutsche faz ainda uma previsão para os países do G7, antevendo que as mesmas registarão a maior contracção desde a Grande Depressão, de 1,1%, devido à crise financeira, que vai sufocar a concessão de crédito e, por consequência, o consumo.
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