Assim, o Conselho de Administração, adianta em comunicado, que «continua a considerar a Oferta inoportuna, revelando-se a mesma insuficiente, por acontecer «menos de dois meses após a admissão à negociação das acções da Benfica SAD à Euronext Lisbon, se apresentar com uma contrapartida de baixo valor» e de «verificar não existir, designadamente no projecto de prospecto, uma proposta de alteração relevante face à estratégia que tem sido desenvolvida».

Quanto ao preço, a opinião é mesma considerando o facto de a justificação da contrapartida, que consta da segunda versão do projecto de prospecto de Joe Berardo, «não incluir alterações relevantes face à versão preliminar disponibilizada em 5 de Julho de 2007».



No caso da estratégia, dizem que este «continua a não apresentar um verdadeiro plano estratégico alternativo».

Adiantam que Joe Berardo refere, aliás, «expressamente, que apenas pretende exercer influência na gestão da Sociedade Visada (Benfica), nos termos em que a legislação em vigor o reconhece às participações qualificadas, não pretendendo promover qualquer alteração no respectivo órgão de administração até ao final do corrente mandato (que termina em 31 de Julho de 2009), cujo trabalho não põe em causa».

Mais. Dizem que Joe Berardo afirma, de modo expresso, que «está empenhado no desenvolvimento da estratégia» do Benfica e na realização dos investimentos necessários à sua concretização pelo que pretende dar continuidade à actividade empresarial desenvolvida, bem como à política de pessoal e de estratégia financeira prosseguida pela mesma»; Ora, diz o Benfica, isto não pode deixar de significar que, afinal, Joe Berardo se revê na actual estratégia.



Revisão dos direitos de transmissão televisiva dar-se-á

«Não constituindo a renegociação de contratos, em si mesma, novidade estratégica para qualquer empresa, a Benfica SAD, estando ciente da necessidade de revisão do montante dos seus direitos de transmissão televisiva, não deixará de, em devido tempo e ponderadas todas as circunstâncias, tomar as medidas que considere adequadas ao fortalecimento da posição da Sociedade Visada, continuando a defender que de qualquer eventual renegociação não deverá resultar a extensão do prazo do actual contrato», acrescentam.

Sobre o interesse dos fundos de investimento em articulação com a estratégia de gestão financeira e desportiva da Benfica SAD, este é reconhecido pela

Administração e «tem sido objecto de ponderação, juntamente com outros instrumentos; assinala-se, em qualquer caso, que a constituição ou participação num Fundo, designadamente por parte da Oferente, não se encontra de modo algum dependente do sucesso ou insucesso da OPA».

Formação de jogadores sem fundamentação

Quanto ao apoio à formação de jogadores, dizem que «é apenas enunciado genericamente, sem qualquer concretização»;

Aumento de capital pode vir a ser equacionado

A administração diz estar aberta à possibilidade de vir a analisar um eventual aumento do seu capital social, mediante a aprovação prévia da Assembleia Geral, «não rejeitando a disponibilidade manifestada» pelo empresário. No entanto, tal matéria nunca foi discutida ainda.

Já a proposta de constituição de um Banco, «além de actualmente não poder ser protagonizada pela SAD, no âmbito dos direitos sobre a marca maioritariamente detida pelo Sport Lisboa e Benfica, «não está enquadrada com uma definição de actividades e de mercados estratégicos de arranque, um plano de investimento e uma estratégia de financiamento».

Várias áreas de negócio equacionadas

Sobre a potenciação das receitas da marca «Benfica», informam, que o Sport Lisboa e Benfica «já deliberou a criação das seguintes áreas de negócio: Benfica Seguros, Benfica Viagens, Benfica Soluções Financeiras, Benfica Telecom, Benfica Auto, Clínica do Benfica, e Benfica Saúde¿estando as três primeiras já implementadas e as restantes para implementar a curto prazo».