De acordo com o protocolo, citado pela agência «Lusa», a Renault-Nissan vai comercializar em larga escala veículos eléctricos para os consumidores portugueses a partir de 2010.
O «Diário de Notícias», que cita fonte do grupo automóvel, adianta que a Nissan garante um preço «atractivo» para este modelo, que pretende concorrer no segmento C com carros como o Renault Mégane, o Volkswagen Golf ou o Nissan Qashqai.
A cerimónia de assinatura do memorando de entendimento contará com as presenças do primeiro-ministro, José Sócrates, do ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, e do presidente e CEO da Nissan e da Renault, entre outros.
Como recarregar?
Além do preço, a Nissan apresenta outro argumento de peso: a autonomia estimada para este veículo é de 160 km, muito acima dos 80 a 100 km dos projectos da concorrência. Portugal vai ser o País escolhido para testar esta viatura, que será produzida no Japão. O objectivo do acordo assinado com o Governo português é criar as condições para que o carro possa ser usado massivamente, como uma rede ampla de estações de carga para os veículos a nível nacional.
O modelo pode ser «reabastecido» de três formas distintas: ligado em casa à corrente, numa ficha eléctrica convencional (seis horas), carregar a bateria numa estação (o que pode demorar cerca de 30 minutos), ou trocar a bateria gasta por uma nova, o que demora cinco a dez minutos.
O carro deverá romper com o design habitual dos experimentais, já que este pretende ser um carro familiar para ser produzido em série.
Portugal no pelotão da frente
A escolha de Portugal acontece numa altura em que o Governo aposta em assumir a liderança em termos de desenvolvimento sustentável e na diversificação de fontes de energia renovável.
As negociações entre o Governo e a Renault-Nissan arrancaram em Maio e com este protocolo o objectivo será promover a mobilidade com zero emissões no país.
A assinatura deste memorando surge numa altura em que os países procuram alternativas aos combustíveis, atendendo à escalada dos preços e a uma maior aposta das empresas e dos governos em medidas de redução de emissões de CO2.
Em meados de Junho, o Conselho Europeu introduziu uma proposta de Portugal sobre o apoio europeu ao desenvolvimento de tecnologias alternativas ao petróleo, nomeadamente os veículos eléctricos.
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