A convocação de paralisação partiu de apenas um dos 14 sindicatos dos CTT. Destes, nove não apoiam a greve.
«A greve é a quarta consecutiva marcada junto a feriados e a quinta consecutiva marcada junto a um fim-de-semana só este ano (25 de Fevereiro, 19/20 de Março, 30 de Abril, 2 de Maio, 9 de Junho)», lembram os Correios em comunicado.
«Mesmo assim, o profissionalismo demonstrado pelos trabalhadores dos Correios permite prever que a adesão a esta greve será baixa e os seus efeitos pouco sentidos, como tem acontecido nas últimas greves, cujas taxas de adesão têm atingido números historicamente baixos: 18 por cento a 19/20 de Março; 12,9% a 30 de Abril/2 de Maio», acrescentam.
As razões da discórdia
A justificação apresentada para a convocação da greve por este sindicato é a assinatura de um novo acordo de empresa nos CTT, realizada em Março depois de 10 meses de negociações. Ao acordo está associado um aumento de 2,8%, sendo que o processo de adesão se mantém em aberto.
O motivo de oposição ao acordo prende-se com a redução dos privilégios dos próprios dirigentes sindicais: dos 370 dirigentes existentes nos CTT, cerca de 100 em média usufruem de dispensa total ao trabalho.
«O novo acordo vai reduzir esse número para 55, mantendo naturalmente intocadas as liberdades sindicais e introduzindo o princípio da representatividade, ou seja, terá mais dirigentes quem mais sócios tiver», explicam os CTT.
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