As estimativas da OIT, citadas pela agência «Lusa», indicam que «o número de desempregados pode passar de 190 milhões em 2007 para 210 milhões no final de 2009», disse Somavia numa conferência de imprensa.
A população de trabalhadores pobres vivendo com menos de um dólar por dia pode aumentar em 40 milhões e a dos que vivem com dois dólares por dia em mais de 100 milhões, acrescenta a OIT.
Juan Somavia salientou que estas projecções «podem revelar-se por baixo se os efeitos do actual abrandamento do crescimento económico e da ameaça de recessão não forem rapidamente combatidos».
Os sectores mais afectados
Milhares de postos de trabalho já foram suprimidos em Wall Street e noutros centros financeiros com a falência de bancos ou fusões na sequência da crise financeira.
Mas a OIT adverte que os cortes vão também atingir trabalhadores dos mais variados sectores, como a construção civil, a indústria automóvel, o turismo, os serviços e o imobiliário.
«Não é um simples crise de Wall Street, é uma crise em todas as streets (ruas). Precisamos de um plano de salvamento da economia para as famílias de trabalhadores e a economia real, com regras e políticas que asseguram empregos decentes», disse.
As taxas de desemprego têm vindo a subir em todo o mundo.
Somavia pediu aos governos «acções rápidas e coordenadas para evitar uma crise social», e disse acolher favoravelmente «uma melhor regulação financeira e uma melhor supervisão».
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