A crise desencadeada pelo segmento do crédito de alto risco (subprime) nos EUA, que alastrou a diversas áreas do sector financeiro, teve apenas efeitos muito leves nas seguradoras em Portugal, que estão já quase completamente sanados.

A garantia foi deixada pelo presidente do Instituto de Seguros de Portugal (ISP); Fernando Nogueira, numa conferência de imprensa para apresentação do Relatório anual sobre o sector segurador e fundos de pensões, relativo a 2006.

«Os efeitos directos, quer no sector segurador, quer no sector dos fundos de pensões, são mínimos, são desprezíveis, não têm praticamente expressão», assegurou.

A nível dos efeitos indirectos, o ISP diz que tem acompanhado a situação «muito de perto. O primeiro impacto provocou quebras mais significativas nos mercados de capitais mas sem grande expressão nas seguradoras e nos fundos de pensões. A situação está praticamente recuperada, próxima dos níveis normais que se verificavam no final do primeiro semestre, o que confirma a gestão muito cuidadosa e segura por parte dos operadores».

O presidente adiantou ainda que os dados de que o instituto dispõe não evidenciam um aumento dos resgates dos fundos desde que «rebentou» a crise do subprime. «Os fundos de investimento dos PPR têm uma lógica mais de longo prazo, a estabilidade é diferente», explicou.

O ISP admitiu estar preparado para actuar «se alguma situação pontual, mais preocupante, o exigisse, mas não houve nada que o justificasse», concluiu.