A Galp Energia resolveu cortar investimentos no valor de 900 milhões de euros no período de 2009 a 2013, anunciou a empresa em comunicado.

No documento, a empresa explica que esta decisão implica o cancelamento de «algumas aquisições no negócio de gás downstream (abastecimento de gás) e terá ainda de «redefinir alguns projectos, principalmente na refinação e marketing e nos negócios de biodiesel». Duas medidas que permitirão poupar 300 milhões de euros.

Os restantes 600 milhões de euros de poupanças serão atingidos com o estabelecimento de parcerias na energia eólica.

Haverá ainda um programa de corte de custos, que deverá permitir poupar 125 milhões de euros.

O segmento de exploração e produção mantém o nível de investimento, nos 1,9 mil milhões de euros.

A Galp avança ainda no plano de Estratégia e Financiamento que pretende criar uma entidade jurídica para o negócio da distribuição de gás natural que vai gerir todos os activos regulados, estando ainda em análise a criação de outra estrutura jurídica para o negócio de E&P (exploração e produção de petróleo e gás natural), para optimizar a eficiência fiscal e optimizar o portfólio».

EBITDA será afectado

O corte planeado nos investimentos obrigou também a empresa a rever as suas projecções de resultados.

No que toca ao EBITDA, a petrolífera diz que o novo plano tem um impacto negativo de três pontos percentuais no crescimento médio anual. Ou seja, em vez dos 15% antes previstos, o EBITDA da Galp deverá agora crescer apenas 13% ao ano até 2013.

Nos lucros, as alterações não deverão ter grande impacto, graças à «consolidação da equivalência patrimonial dos projectos de power».