Apesar de ser um ano de crise, 2009 será um bom ano para a Logoplaste. Essa é, pelo menos, a convicção da directora financeira do grupo, Sofia Meneses.
«A diversidade de países, segmentos e clientes, é uma das forças» do grupo, que apresenta uma «elevada resistência à crise», até porque alguns dos sectores para os quais trabalha, beneficiam com a crise. «É o caso do ketchup. Com a crise as pessoas comem mais fast-food, porque é mais barata, comem mais em casa, consomem mais ketchup», exemplifica. Pelo contrário, outros produtos estão a sofrer as consequências da crise. «As águas vendem menos porque as pessoas bebem mais água da torneira». Recorde-se que a Logoplaste abriu, no ano passado, uma fábrica na Holanda onde fabrica embalagens para a Heinz, num investimento de 25 milhões de euros.
A responsável, que falava à margem da 3ª Conferência Anual sobre Gestão Financeira, de Tesouraria e de Risco para Empresas em Portugal, promovida pela Eurofinance, acredita que o grupo vai «sofrer o efeito da crise», mas defende que esta situação «trouxe mais oportunidades que problemas à Logoplaste».
As perspectivas para 2009 «são muito positivas, vamos crescer». O investimento estimado é de 50 milhões de euros, focado em projectos selectivos. Em 2008, a facturação da empresa andou nos 290 milhões de euros. Com os novos projectos que estão a ser lançados, a empresa estima um aumento de 85 milhões no seu primeiro ano de actividade, 30 milhões dos quais relativos à fábrica da Glaxo no Reino Unido
Em termos de atitude, com a crise, «a Logoplaste tornou-se mais selectiva, opta por negócios mais estratégicos e mais rentáveis, para gerar mais liquidez para as geografias que temos como estratégicas, como o Leste, os países da NAFTA, Brasil e até a Ásia», ou seja, «os locais onde estão concentrados os consumidores dos nossos produtos». O grupo só está interessado em empresas que tenham o mesmo modelo de negócio.
A Lgoplaste está presente em 17 países. 73% da sua actividade está voltada para o sector de alimentação e bebidas e, destes, cerca de 40% dizem respeito ao segmento dos lacticínios. O grupo tem crescido em média 18% ao ano desde 1992 e emprega cerca de 1.500 pessoas.
Portugal
20 mar 2009, 06:00
Logoplaste: crise trouxe mais oportunidades que problemas
Novos projectos representarão aumento de 85 milhões de euros na facturação
Novos projectos representarão aumento de 85 milhões de euros na facturação
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