O resultado líquido da Sonae SGPS situou-se nos 12,1 milhões de euros no primeiro trimestre de 2008. Este valor representa assim um aumento dos lucros de 12,3 por cento face ao trimestre homólogo.

De acordo com o comunicado da empresa, este indicador foi suportado pelo desempenho do retalho e da unidade de centros comerciais.

O volume de negócios cresceu 25,9% para 1.204 milhões de euros e o EBITDA (lucros antes de impostos, taxas, depreciações e amortizações) cresceu 8,5% para os 110,3 milhões de euros.

«O nosso compromisso de crescimento orgânico e as aquisições realizadas durante 2007 permitiram-nos alcançar um crescimento de 26% do volume de negócios. Todas as unidades de negócio do Grupo contribuíram para este crescimento, do qual mais de 9% resulta de crescimento orgânico. O EBITDA aumentou 9% e, excluindo as operações extraordinárias, (..) aumentou 12%, não obstante os custos de integração das empresas adquiridas em 2007, a forte pressão concorrencial nos mercados de retalho e telecomunicações e o cenário de subida contínuo dos preços das matérias primas», comenta o presidente executivo da Sonae, Paulo Azevedo.

Dívida aumentou em 392 milhões de euros

Neste primeiro trimestre, o capex (investimento) ascendeu a 133,6 milhões de euros, um aumento de 10 milhões de euros, «principalmente devido a uma aceleração do investimento em rede do negócio de telecomunicações, e à abertura de 10 novas lojas pelo negócio de retalho».

Quanto à dívida líquida, esta alcançou os 3.013 milhões, uma subida de 392 milhões face ao final de 2007. De acordo com a mesma, deveu-se essencialmente ao aumento do contributo para a dívida líquida consolidada do negócio de retalho, como resultado do seu programa de investimento e a deterioração sazonal do fundo de maneio no trimestre, após o período de Natal.

CEO confiante que objectivos vão ser alcançados

No negócio das telecomunicações, a Paulo Azevedo diz que continuaram a apresentar bons resultados operacionais nas divisões fixo e móvel, com um crescimento significativo de 8% dos clientes activos da unidade móvel e dos acessos directos de rede fixa, os quais, numa base comparável, cresceram 27%. Os clientes móveis activos totalizaram os 2,3 milhões e o total de acessos fixos foram de 775 mil.

«Num ambiente excepcionalmente concorrencial, com os principais operadores muito agressivos nas suas ofertas e promoções, os resultados apresentados foram bastante positivos e em linha com o esperado», adianta.

O presidente da Sonae termina ainda acrescentando que, «com os resultados atingidos neste trimestre, e apesar da redução da confiança dos consumidores em Portugal e Espanha, está confiante que conseguirá alcançar os compromissos de crescimento e rentabilidade, bem como o objectivo de manter as margens de retalho para o ano de 2008».