Recorde-se que a empresa ofereceu um total de cerca de 11 mil milhões de euros, com um preço de 9,50 euros por acção.
A mesma fonte considera pouco provável que a Sonaecom tome decisões drásticas e garante que a mesma deverá ser muito cautelosa nas consequências dos passos que vai tomar.
Sonaecom esperava remédios mais suaves
Do ponto de vista global, era de esperar que os remédios fossem mais suaves, até porque era esperado que a operação da Sonaecom fizesse funcionar melhor e com mais concorrência o sector das telecomunicações, especialmente do lado do fixo, mas também na banda larga.
«O mercado das telecomunicações, se a operação for para a frente, nessas áreas será completamente diferente. E esperava-se que isso fosse tido em conta para suavizar os compromissos do móvel», disse a mesma fonte.
A própria Sonaecom admitiu, em declarações à «Agência Financeira» que os remédios são «caros».
A empresa de Paulo Azevedo tinha dito que só avançava com a operação se pudesse realizar as sinergias resultantes da fusão da TMN com a Optimus, mas os compromissos que a AdC impôs, sobretudo no domínio da entrada de um terceiro operador são «extremamente severas», diz ainda. E justifica que «no fundo, a Sonaecom tem que disponibilizar licenças em mais de um milhar de sites, com as antenas, mais condições contratuais especiais de relacionamento com esse novo operador. Na prática, tem que dar condições a um terceiro operador, que a Optimus nunca teve. Algumas delas pelas quais lutou na ANACOM mas nunca chegou a ter».
Também a imposição de abertura aos operadores virtuais e a um terceiro operador móvel são compromissos que podem reduzir o valor das sinergias.
No entanto, recorde-se, a decisão da Autoridade da Concorrência não é definitiva, uma vez que o projecto de decisão apenas será entregue às empresas envolvidas esta quinta-feira. Depois disso, as mesmas, onde se inclui a Sonae, terão 10 dias para comentarem.
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