O Governo promete ajudar os portugueses a atravessar esta situação de crise financeira, marcada por uma forte subida das taxas de juro, com todas as medidas que puder. Desde que não comprometa a saúde das contas públicas, ressalva o primeiro-ministro.

José Sócrates, que falava à saída da assinatura de um contrato com a Associação Industrial Portuguesa (AIP), assegurou que as crescentes dificuldades das famílias neste contexto já foram tidas em conta. «Já tomámos uma medida, que entrará em vigor no próximo ano, o aumento das deduções fiscais para aliviar as despesas das famílias com habitação, em sede de IRS, já intervimos também no IMI e isso ajuda as famílias com problemas nessa área. Esta é, porventura, a área que mais problemas causa às famílias portuguesas».

Questionado sobre a possibilidade de se incluírem mais medidas do género no Orçamento do Estado para 2009, que o Executivo está a ultimar, o primeiro-ministro não quis fazer promessas. «Nós ajudaremos na medida do possível. O Estado existe para que, quando for necessário, possa estar presente. E o Estado só não está mais presente porque tivemos de por em ordem as finanças públicas. Não faremos nada que ponha em causa de novo as finanças públicas mas ajudaremos naquilo que pudermos», concluiu.