O presidente da TAP, Fernando Pinto, disse esta segunda-feira que o eventual cenário de despedimentos na empresa ainda se mantém em aberto.

À margem da conferência internacional sobre transporte aéreo, aeroportos, navegação aérea e globalização das economias, o responsável disse, contudo, que a companhia «ainda não considera adoptar essa decisão» mas que «todas as formas de ganhos de eficiência têm que ser analisadas e essa (ajustamento de pessoal) é uma delas».

Um cenário em que o Governo admitiu já que não pretende interferir.

Por isso, a TAP está a estudar várias hipóteses, nomeadamente, «arranjar novos mercados. Queremos tentar por outros lados e ir para novos destinos é uma alternativa», acrescentou, sem no entanto especificar as razões estratégicas.

Certo é que «este ano não teremos condições de dar aumentos aos trabalhadores, mas a nossa missão é salvar postos de trabalho».

Refira-se que o também presidente da IATA afirmou durante a conferência considerar esta a pior crise que o sistema internacional aéreo já viveu, pior que o 11 de Setembro, uma situação agravada não só pela actual conjuntura económica mas também pelos «insuportáveis níveis do preço do petróleo». A derrapagem da factura de combustível da TAP poderá chegar este ano aos 250 milhões de euros.