A bolsa em Lisboa segue no vermelho, com apenas um título a ganhar e acompanhando a tendência das restantes praças. A falência do gigante americano continua a sentir-se em todas os mercados.

Depois do Lehman Brothers, os investidores temem mais falências. Neste momento os olhos estão agora postos na seguradora AIG que viu os seus «ratings» cortados pela S&P e Moody¿s, o que acaba por dificultar o plano de recapitalização.

O PSI20 perde 1,21% para os 7.998,66 pontos.

A liderar as perdas está a Galp Energia que derrapa 4,37% para os 11,37 euros. A petrolífera afastou uma eventual parceria com a Repsol, dizendo que está a pensar em tudo menos em casamentos e uniões de facto.

Mas o destaque vai para o sector financeiro. O BPI derrapa quase 2% para os 2,15%, o BES perde 1,49% para os 7,93 euros, enquanto o BCP cai 0,16% para os 1,18 euros.

As 3 instituições financeiras garantem que a exposição portuguesa à falência americana é muito reduzida. No entanto, segundo as contas do «Jornal de Notícias», os fundos do BCP são os mais expostos ao Lehman Brothers.

Comunicações a penalizar

A penalizar estão também os títulos da Sonaecom que perde 2,30% para 1,86 euros. Ainda no sector, a PT derrapa 0,09% para os 7,03 euros. A Oni admite ir para tribunal contestar concurso na área da saúde, que dá vitória à Portugal Telecom. A empresa liderada por Zeinal Bava, garantiu à Agência Financeira estar tranquila, afirmando que «teve a melhor proposta».

Na construção, o sentimento também é negativo. A Teixeira Duarte derrapa 3,46% para os 0,94 euros e a Mota Engil perde 1,27% para os 3,48 euros. Em entrevista à AF o presidente da Associação Portuguesa de Leasing e Factoring, Beja Amaro, disse que o mercado «vai ganhar novo fôlego» com grandes obras públicas e diz que o parque de máquinas é insuficiente para responder aos investimentos projectados.

Apenas no verde segue a Brisa que ganha 0,32% para os 6,47 euros.

Na Europa, o FTSE perde 1,64%, o CAC derrapa 1,46%, o DAX desvaloriza 1,48%, o IBEX cai 1,20%.

Nos Estados Unidos, a sessão fechou a cair, com o Dow Jones a desvalorizar 4,42% e o Nasdaq a derrapar 3,49%.