«O Primeiro de Janeiro»: credores sem direito a quantias em falta

O Tribunal de Comércio de Gaia declarou na passada segunda-feira a insolvência da empresa Sédico, responsável pelos pagamentos salariais dos trabalhadores despedidos do jornal «O Primeiro Janeiro», disse fonte judicial à agência Lusa.

A mesma fonte referiu que a insolvência foi declarada com carácter limitado, já que a empresa de Serviços de Edição e Comunicação não terá bens para penhora, pelo que os credores ficaram sem direito a reclamar quaisquer quantias em falta.

Caso os credores queiram requerer o prosseguimento do processo deverão, num prazo de cinco dias, depositar uma quantia monetária especificada pelo juiz que garanta o pagamento das custas e das dívidas em causa.

O processo teve início em Maio de 2008 após apresentação do requerimento de um antigo trabalhador de «O Primeiro de Janeiro», Manuel Dinis, no Tribunal de Comércio de Gaia.

Desde 1990, altura em que deixou jornal, o trabalhador apenas viu paga uma prestação da indemnização acordada em cerca de 15 mil euros.

Durante alguns anos o antigo trabalhador de «O Primeiro de Janeiro», pertencente ao Sindicato dos Gráficos que deu início ao processo do pedido de insolvência, aguardou pelo pagamento das dívidas até que recorreu a uma solicitadora que, durante dois anos procurou, em vão, por bens da empresa que pudessem ser penhorados.