«A actual conjuntura precisa de políticas de mudança; os trabalhadores têm que se unir pois a invocação da crise desencadeia o saque dos empresários aos cofres do Estado», afirmou esta quarta-feira o secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, que avançou já com datas para duas manifestações que irão decorrer em Março.

Na abertura do plenário nacional dos sindicatos, que decorre esta quarta-feira em Lisboa, Carvalho da Silva apontou a situação da AutoEuropa como exemplo do que vai mal no mundo laboral.

«Quanto mais se retardarem mudanças, mais problemas continuam», garantiu, acrescentando que o sector automóvel tem sido um dos mais atingidos pela crise e «a precariedade no trabalho apenas agrava as situações». Mas mais: são «necessárias medidas para sair da crise e não para continuar nela».

«Investimento produtivo»

Carvalho da Silva defendeu ainda que o investimento tem que ser aplicado em infraestruturas e em bens e serviços úteis à sociedade e não «em entidades que geram riqueza desequilibrada».

Assim, e no actual contexto, o líder da CGTP anunciou a realização de duas manifestações para breve: um grande protesto nacional para o dia 13 de Março e a maior mobilização da «juventude trabalhadora» para o dia 28 de Março.

Objectivos? «Alterar as relações de força no mercado de trabalho».

O dia do Trabalhador está também a ser preparado. «O 1º de Maio vai ser como uma luz que ajudará aos que caminhos da mudança».