José Sócrates, que falava no decorrer do campus da JS sobre a crise financeira mundial considerou que só «por preconceito e cegueira ideológica, é que alguém possa aconselhar o Estado a nada fazer num momento destes, em que a sociedade e a economia precisam de um Estado activo», cita a «Lusa».
«O que se espera é que o Estado não desista daquilo que é a modernização infra-estrutural do nosso país e que, em particular nesse momento, lance as obras que são absolutamente essenciais não apenas para a modernização do país, para a competitividade do país, mas também essenciais para que a nossa economia possa recuperar», frisou.
Investimento vai acabar com injustiças sociais
Realçou a «injustiça» que agora seria se o «Estado agora dissesse aos transmontanos que afinal de contas vão ter que esperar mais 10 anos para terem a auto-estrada que liga Vila Real a Bragança».
«Esta estrada far-se-á por razões de combate às desigualdades regionais, de justiça mas também para melhorar a competitividade dos distritos de Bragança e Vila Real e reduzir sinistralidade nas nossas estradas», sustentou.
José Sócrates salientou que o investimento público poderá representar em muitos casos a diferença «entre uma empresa ir à falência ou subsistir».
«E vamos fazer esse investimento porque em muitos casos significará para muitos portugueses ter ou deixar de ter emprego. É justamente a pensar nas empresas e no emprego que o investimento público é hoje mais importante do que nunca», frisou.
O responsável salientou que é preciso que o «Estado faça tudo o que tem ao alcance fazer para recuperar e relançar o investimento público».
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