(Notícia actualizada às 14h29)

O ministro da Economia reuniu-se esta segunda-feira de manhã com o gestor judicial da Qimonda e o presidente executivo para discutir soluções para a fábrica de Vila do Conde.

Após mais de duas horas de reunião, o presidente Loh Kim Wah disse aos jornalistas que das três fábricas existentes, a de Dresden, na Alemanha, e de Vila do Conde, são as que poderão estar mais perto de uma solução pelo facto de serem as mais competitivas: «O core-business da Quimonda está em Dresden e no Porto».

Apesar destas palavras optimistas, Kin Wah Loh disse não querer dar «falsas esperanças» aos 1.700 trabalhadores de Vila do Conde. «Eu não quero dar falsas esperanças, porque os bancos estão a ir ao fundo», disse, garantindo no entanto que está empenhado em «encontrar uma solução» e que, além dos investidores que já se mostraram interessados em negociar com a Qimonda, a sua gestão tem levado a que se encontrem «activamente» mais investidores.

Estado português ressarcido caso haja falência

O presidente executivo disse ainda que na reunião com o ministro Manuel Pinho foram dados «alguns passos», mas recusou-se a comentar medidas discutidas com o Governo português.

O ministro da Economia reforçou a ideia de que já existem interessados na aquisição da Qimonda, como tinha sido já avançado na passada semana pelo gestor judicial, garantindo no entanto que a situação neste momento é «muito grave».

«Existem vários investidores interessados, mas não podemos esconder que é uma situação muito grave» na empresa, que vive com o «excesso de concorrência» e a queda do preço dos micro-processadores.

Por seu lado, o presidente da Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que também esteve reunido, quando questionado sobre se o Estado português terá que ser ressarcido, depois dos apoios dados à empresa, caso haja de facto falência, Basílio Horta sublinhou que os «contratos são para ser cumpridos». No entanto, não confirmou se o montante seria de 100 milhões.