O presidente da FIFA, Joseph Blatter anunciou, esta quinta-feira de manhã, que a tecnologia que vai determinar se a bola ultrapassa ou não a linha da baliza vai estar pronta para o Mundial de 2006, na Alemanha. «Estou convencido de que estará pronta para o Mundial», disse Blatter a um jornal britânico, citado pela agência Reuters.
Esta nova tecnologia vai ser testada pela FIFA no mundial sub-17 que decorrerá entre 16 de Setembro e dois de Outubro, no Peru. Tem o nome de «Smartball» e foi desenvolvido pela Adidas, juntamente com a empresa alemã Cairos AG e com o instituto Fraunhofer Alemão. A sua utilização a título experimental foi viabilizada em Fevereiro pelo International Board, o organismo responsável pelas regras do futebol.
O presidente da FIFA traçou elogios a esta inovação, que envolve a instalação de um microchip na bola que envia sinais para o árbitro quando cruza a linha de golo. Blatter é contra o uso de câmaras de vídeo em jogos oficiais e cita o polémico golo do Liverpool contra o Chelsea, nas meias-finais da Liga dos Campeões.
«Eles tinham 12 câmaras e não dava para ver (se a bola cruzou a linha). Acreditamos que o lado humano do jogo deve ser mantido», continua Blatter acrescentando: «Fizemos testes com dois árbitros no campo e não é uma má ideia, embora os árbitros tenham sido contra. Eles querem decidir sozinhos».
Padrão de arbitragem alterado para o Mundial
Joseph Blatter confessou que o modelo de arbitragem no Mundial de 2002, da Coreia do Sul e Japão, foi mau e que já está a ser preparado um novo sistema de designação de árbitros.
As equipas de arbitragem que trabalham regularmente em conjunto vão ser colocadas juntas em campo já no próximo ano. Os seminários de treinos já estão a decorrer. «Os árbitros vão trabalhar somente em trios que foram pré-seleccionados. Estamos a ser mais duros com eles para que haja uma uniformidade na interpretação das leis», acrescentou.
Blatter assumiu a culpa do último mundial: «Assumo parte da responsabilidade pela última vez. Espero que tenhamos os melhores árbitros do mercado para evitar os tipos de situações que tivemos em 2002», rematou.