A Bolsa em Lisboa acordou positiva mas já inverteu o sentimento e segue agora a perder, numa Europa mista, depois de ontem ter encerrado a sessão a cair mais de 10%, altura em que protagonizou a maior queda dos últimos 15 anos.

A verdade é que a instabilidade voltou às praças mundiais com mais notícias que confirmam o agravamento da crise financeira na Europa. Por esta altura, o índice PSI20 recua 0,71 por cento para os 6,896,72 pontos, depois de ter estado ainda esta manhã a subir mais de 4%, a acompanhar a correcção da Europa.

Na restante Europa, as praças também seguem mistas. O FTSE inglês cai 0,15%, o DAX alemão cede 0,49% mas o IBEX espanhol ganha 1,38% e o CAC francês trepa 0,76%, apesar de na Ásia as bolsas terem encerrado a negociar em terreno negativo penalizadas pelo agravamento da crise financeira. Os índices japoneses Nikkei e Topix recuaram, respectivamente, 3,03% e 2,15%. Na China, o Shanghai cedeu1,40% e CSI caiu 0,36%, depois dos bancos centrais da Austrália e do Japão terem injectado mais 11 mil milhões de dólares no sistema financeiro.

Recorde-se que a Europa começou a atenuar os fortes ganhos, logo depois de se saber que a Islândia anunciou a nacionalização do Landisbanki Islands, o segundo maior banco de crédito do país.

Em Lisboa, a penalizar estão as acções da Portugal Telecom (PT) que caem 2,55% para os 6,38 euros e também as do BCP que cedem 0,38% para os 1,04 euros. Na restante banca, o BPI tomba 1,02% para os 1,94 euros mas o BES contraria e sobe 0,37% para os 8,03 euros.

Destaque pela negativa para os títulos da Mota-Engil e Galp que desvalorizam 8,33% e 8,73%, respectivamente.

A travar maiores perdas está a EDP que sobe 5,71% para os 2,38 euros e a Brisa que ganha 5,56% a valer 6,12 euros.

Nos Estados Unidos, os mercados encerraram ontem a cair. O Dow Jones cedeu 3,58% e o Nasdaq caiu 4,05%.