Recorde-se que no mesmo período do ano passado a dona da TV Cabo registou um resultado líquido de 60,4 milhões de euros, segundo o comunicado da empresa emitido esta manhã na Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).



No entanto, nos primeiros nove meses do ano, as receitas aumentaram 7,9% para os 527,6 milhões de euros, face aos 489,1 milhões de euros registados nos primeiros nove meses do ano passado.

EBITDA subiu 7,9%

O EBITDA (lucros antes de impostos, juros, amortizações) também subiu 7,9% para os 171 milhões de euros. Nos primeiros nove meses de 2006, esse valor ficou-se pelos 158,4 milhões. «O EBITDA reflecte o crescimento das receitas em todas as áreas de negócio da PT Multimédia» diz o comunicado. A margem EBITDA manteve-se estável em 32,4%.

Aumento do número de clientes em 4,8%

A empresa registou, ainda, um aumento do número de clientes em 4,8%, atingindo-se 1.521 mil clientes no final do terceiro trimestre deste ano, com 26 mil adições líquidas nesse período.

A dívida líquida, excluindo os compromissos financeiros relativos a contratos de telecomunicações e a «transponders» ascendeu a 75 milhões de euros. As reservas distribuíveis totalizavam 330 milhões de euros em 30 de Setembro de 2007.

Quanto ao Investimento em Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo (capex) decresceu 33,1% face situando-se nos 64 milhões de euros no período em análise, equivalente a12,2% das receitas. «O capex foi essencialmente direccionado para o lançamento do serviço telefónico, cablagem de casas adicionais, e «upgrade» da infra-estrutura de modo a oferecer uma maior largura de banda e melhorar a qualidade de serviço aos clientes», acrescenta o comunicado.

Esforços na «eficiência operacional e crescimento orgânico»

Para o Presidente da Comissão Executiva da PT Multimédia, Rodrigo Costa, «a independência da PTM do Grupo PT representa uma grande oportunidade para o mercado português e para a própria PT Multimedia. Vamos redefinir a nossa forma de estar no mercado. O nosso «know-how», a nossa ambição e a nossa energia são trunfos que utilizaremos a partir do primeiro dia», diz o responsável acrescentando que «a nova equipa de gestão tem uma enorme experiência no mercado das telecomunicações. Numa primeira fase, focaremos os nossos esforços na eficiência operacional e no crescimento orgânico, através das nossas ofertas de triple-play».

Depois disso, continua Rodrigo Costa, «vamos também, desde logo, definir uma nova e abrangente estratégia de negócio para os próximos anos. Num futuro próximo, contamos discutir as nossas opções estratégicas com os nossos accionistas e aprovar um plano de crescimento para a PT Multimédia», sublinha.