A Federação Internacional de Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro) emitiu, esta terça-feira, um comunicado no qual se manifesta a favor da realização do Mundial de 2022 no inverno.

O organismo considera que esta «é a única solução viável», de forma a «proteger a saúde e a segurança dos jogadores», acrescentando que «qualquer discussão sobre a redução dos dias de competição desta prova implica os jogadores» e, por isso, a FIFPro considera necessário que os futebolistas também se manifestassem neste debate.

A FIFPro pela voz do secretário geral, Theo van Seggellen, considera que a mudança de calendário é «apenas um passo» nas alterações que ainda têm de ser feitas no Qatar, como a «abolição do sistema kafala», que também afecta os jogadores de futebol e que permite aos empregadores confiscar os passaportes dos trabalhadores, impedindo que os imigrantes mudem de emprego ou saiam do país sem autorização.

«É um tema de direitos humanos. O sistema kalafa não protege os direitos dos jogadores no Qatar. Eles deviam ter o direito de se associarem, de acederem a contratos justos e de disporem de mecanismos de resolução de contratos de litígio de acordo com a comunidade internacional de futebol», escreveu Van Seggellen.