Ainda é cedo para tirar conclusões sobre o arranque da Liga 2010/11 e sobre a hierarquia dos candidatos ao título. Serão quatro? Três mais um? Dois mais dois? Algum deles estará verdeiramente acima ou abaixo da concorrência? Perguntas com resposta em aberto, apesar dos resultados opostos de F.C. Porto e Sp. Braga, de um lado, e Benfica e Sporting, do outro.

Mas se as conclusões podem esperar, há indicadores destes primeiros jogos que vale a pena salientar. Acima de todos, o da atitude desinibida dos quatro adversários que tiveram pela frente. Com armas e estratégias diferentes, Portimonense, Naval, Paços de Ferreira e Académica, criaram sérios problemas aos grandes e tiveram grandes responsabilidades numa primeira jornada globalmente equilibrada, e pródiga em surpresas.

Em comum, a personalidade forte, que nos quatro campos evitou organizações ultradefensivas e jogos de sentido único. Os resultados foram distintos, certo. Mas se Académica e Paços juntam três pontos ao moral, Naval e Portimonense saem da estreia com uma identidade mais definida, e a certeza de que a ambição só pode trazer bons resultados.

Um sinal que deve sublinhado, e que permite manter, pelo menos por mais algumas jornadas, a esperança numa Liga aberta e de emoções fortes.