Visivelmente satisfeito pela contratação de Luís Vidigal, e por a ter mantido em segredo até à hora da apresentação, o presidente do Estrela Amadora, António Oliveira, sublinhou o carácter do internacional português, cujo salário «não está à medida da sua qualidade».
Entre os muitos elogios ao antigo médio do Sporting, o dirigente mostrou «orgulho» por Vidigal ter escolhido o Estrela da Amadora para regressar ao futebol nacional, mas também «pela maneira e valor como entra» no clube.
A situação financeira dos tricolores, é público, não é famosa. Por isso, a chegada de um internacional português poderia trazer grandes encargos para o clube. O presidente explicou que não. «O Vidigal não vem a troco de ordenados, mas sim porque quer terminar a carreira aqui», explicou António Oliveira.
O dirigente não tem dúvidas de que o vencimento de Vidigal «não está à medida da qualidade» do jogador e contou episódio curioso: «Quando lhe disse o salário, ele esteve três minutos a rir. Tive de pedir-lhe desculpa» António Oliveira argumentou que o «E. Amadora não entra em loucuras»
E por que não transferir Vidigal?
Logo no início da apresentação de Vidigal, o presidente tricolor disse que era «uma satisfação grande» ter um «jovem como Vidigal no clube». Ora, o médio conta com 35 anos, mas o dirigente tricolor crê que, pelo modo profissional como Vidigal encara a profissão, ainda tem muito para dar.
«Para além dos dois anos de contrato, ainda pode ser transferido, porque as pessoas gostam de ver um jogador que dá tudo pelo clube». Antes de concluir que este seria, por certo, «um dia feliz para ele e para o treinador», irmão de Vidigal, António Oliveira referiu que o médio «apesar da idade, ainda é um grande futebolista».