Num assomo de invulgar profilaxia, o Maisfutebol disponibiliza para todos os treinadores da Superliga, principais ou adjuntos, um perfil completo de Pablo Rodriguez, um número dez que por vezes passa despercebido, mas que em pouco mais de dez minutos já deu mais que falar do que muitos jogadores em mais de onze.
Nascido a 7 de Março de 1977 em Ramos Mejía, uma cidade que faz parte da grande região de Buenos Aires, o número dez do Beira Mar (1m75, 71Kg) cresceu para o futebol nas famosas escolas do Argentino Juniors. Para quem está um tudo ou nada deslocado, recorde-se que foi a escola onde também cresceu Diego Maradona.
Na formação da capital, «Pablito», como também é conhecido, cruzou-se com José Pekerman, o treinador que depois o levaria para as selecções jovens da Argentina onde se cruzou com jogadores como Scaloni, Riquelme, Cambiasso, Pablo Aimar, Placente e Walter Samuel. Razões para ser considerado com naturalidade mais um produto da famosa «geração Pekerman».
Na viragem para o futebol profissional, o número dez do Beira Mar começou a ganhar espaço no plantel principal do Argentino Juniors, fazendo até parte da equipa que ganhou o campeonato argentino em 97. Quando se esperava que desse o salto dentro do grupo, não conseguiu alcançar uma prestação regular, pelo que acabou emprestado ao Nice, da segunda liga francesa. Agradou e foi comprado por 2.5 de dólares.
Começou por fazer duas excelentes épocas (32 jogos/4 golos e 26 jogos/6 golos), mas desiludiu quando a equipa francesa chegou à primeira liga. O clube não lhe renovou o contrato e acabou por ser o Leganés, da segunda liga espanhola, a pegar nele. Onde encontrou novamente José Pekerman. Apenas 21 jogos e dois golos não chegaram para convencer o clube espanhol. Chegou então a Aveiro a custo zero. Por entre muita discrição. E tornou-se o número dez do Beira Mar.