Anunciada a contratação de Paulo Fonseca pelo FC Porto, confirmada a renovação de Jorge Jesus pelo Benfica e apresentado Leonardo Jardim no Sporting (e Jesualdo Ferreira no Sp. Braga), conclui-se que, pelo quinto ano consecutivo, os «grandes» do futebol português vão iniciar a época com treinadores nacionais.

O último técnico estrangeiro a iniciar uma época nos «grandes» foi Quique Flores, pelo Benfica, em 2008/09. O FC Porto não tem um treinador estrangeiro desde 2006/07 (ou 2005/06, se tivermos em conta que no ano seguinte Co Adriaanse nem chegou a iniciar a Liga. Laszlo Boloni foi o último treinador estrangeiro a iniciar uma temporada no Sporting, em 2002/03.

Na última época os «leões» tiveram Franky Vercauteren no banco pouco mais de dois meses, mas o belga não inicou a época. Refira-se, de resto, que esse foi o único período, nos últimos cinco anos, em que os «grandes» não tiveram todos treinadores portugueses.

O Sp. Braga não tem um treinador estrangeiro desde 2002/03, com o espanhol Fernando Castro Santos.

Apenas um estrangeiro (e pouco)

No que diz respeito às restantes equipas que vão participar na Liga 2013/14, ainda podem registar-se mudanças, mas com a entrada de Costinha no Paços de Ferreira, de João de Deus no Gil Vicente e de Pedro Emanuel no Arouca, tudo indica que teremos apenas um treinador estrangeiro, no Belenenses. E refira-se que Mitchell van der Gaag já está por cá há mais de uma década, e o próprio diz que o seu país, neste momento, é Portugal.

As duas últimas épocas começaram sem qualquer treinador estrangeiro. Em 2010/11 eram três, sendo que um deles era precisamente Van der Gaag, então no Marítimo. No banco do Nacional estava Jokanovic (está em Portugal há vinte anos) e a Naval tinha então contratado o francês Victor Zvunka, naquela que foi, verdadeiramente, a última vez que um clube português do principal escalão foi ao estrangeiro buscar um treinador para iniciar a época. E depois disso, mesmo tendo em conta alterações no decorrer da temporada, só Vercauteren no Sporting.