Não há duas sem três, ou à terceira é de vez? Como de costume, há leituras para todos os gostos a propósito do dérbi deste sábado. É o terceiro da temporada, em pouco mais de três meses, e surge numa altura da época em que a balança está inclinada a favor do Sporting. Não apenas pela liderança isolada na Liga, mas também porque as vitórias nos dois dérbis anteriores, a juntar às ondas de choque da transferência de Jorge Jesus para Alvalade, aumentam a pressão sobre o Benfica, que ainda não encontrou antídoto para lidar com a equipa do seu ex-treinador.

Depois de uma paragem provocada pelos trabalhos das seleções que, como o Nuno Travassos demonstrou aqui, provocou desgaste quase idêntico nos dois grandes de Lisboa, as equipas reencontram-se quase no ponto onde tinham ficado após a vitória leonina na Luz. Este «quase» diz respeito à histórica imprevisibilidade dos dérbis, que é acentuada na variante de Taça - que por sinal tem sido sinónimo de muitos golos e grandes espectáculos nas últimas edições. Mas diz, também, respeito às incógnitas que se desenham até sábado: a ausência de Naldo, por castigo, afetará a solidez defensiva do leão? Que parceiro para Samaris no meio-campo encarnado encontrará Rui Vitória? Em que estado físico virão Gaitán e os internacionais gregos, no Benfica, e Bryan Ruiz e Slimani, do lado do Sporting? Estas e outras perguntas serão respondidas nos próximos dias, quando os treinos regressarem à normalidade, com o grupo completo. Para já, e para recuperar a prática depois desta paragem, fique com as perguntas do nosso teste para perceber até que ponto estava com saudades do derbi.