Pedrinho emigrou em 2010 e foi conquistando o seu espaço no Lorient. Porém, pouco jogou na época passada e o seu futuro no clube esteve em causa. Com a mudança de treinador neste defeso, o português ganhou mais espaço e encara o futuro com otimismo. 

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«A mudança de treinador foi fundamental para a minha continuidade. Sylvain Ripoll disse que contava comigo, que ia ter mais oportunidade e por isso fique. Felizmente comecei a Ligue 1 como titular e tentei agarrar o lugar», explica Pedrinho, ao Maisfutebol.

O lateral direito de 29 anos foi titular na vitória frente ao Mónaco, fora de casa (1-2), e no empate com o Nice (0-0). Na última jornada, porém, Gassama conquistou a posição.

«O treinador teve a preocupação de falar comigo novamente e explicar que não costuma mudar a equipa após resultados positivos, mas o outro jogador recuperou de lesão, o lugar tinha sido dele e acabou por entrar. De qualquer forma, o técnico conta comigo e irei lutar pela posição», garante.



O FC Lorient iniciou a temporada com dois portugueses nos flancos defensivos. De um lado Pedrinho, do outro Raphael Guerreiro. O jovem esquerdino nasceu em França mas representa os sub-21 lusos.

Pedrinho acredita que Raphael Guerreiro (20 anos) pode chegar a breve prazo à seleção principal de Portugal. O lateral esquerdo chegou ao clube na época passada e foi titular em 34 jogos da Ligue 1.

«Acho que já merece pelo menos ser visto por Paulo Bento. Considero que deve ser chamado à seleção principal. Basta ver o que aconteceu no Mundial, em que Fábio Coentrão se lesionou e, como Antunes não tinha sido chamado, acabou por jogar André Almeida, um jogador destro», recorda.

O português revela que Raphael esteve na pré-convocatória de Paulo Bento para o Mundial. «Ele esteve numa lista de 50 pré-convocados para o Campeonato do Mundo. Nesta altura está nos sub-21 e já começou a jogar, é que lhe faltava para evoluir. É um lateral rápido, bom tecnicamente e pode ser uma alternativa de futuro na seleção nacional.»



Pedrinho contribuiu para a vitória do FC Lorient no arranque da Ligue 1. O primeiro desaire para o Mónaco de Leonardo Jardim (1-2), lançando dúvidas em torno do treinador português.

«Ele precisa de tempo para mudar mentalidades. O Mónaco era uma equipa virada para o contra-ataque, enquanto agora Jardim quer uma equipa subida no terreno, a assumir o jogo. Ranieri fez um bom trabalho, mas o Mónaco esteve bem na pré-época, venceu o torneio do Arsenal e não será por um par de resultados que tudo vai mudar», salienta.

O lateral salienta as diferenças entre os métodos de trabalho de treinadores portugueses e o que acaba por ser habitual em França. «Em Portugal houve uma grande evolução nos treinadores portugueses, que fazem todo o trabalho com bola. Em França, ainda separam o treino físico do treino com bola. Por isso, ao acharem que o Mónaco estava sem ritmo nas segundas partes, fizeram-se artigos a criticar o trabalho de preparação de Leonardo Jardim. Enfim, a crítica faz parte, mas ele saberá dar a volta», remata Pedrinho.