Em época de pandemia e com o mercado fortemente retraído, até pela ausência de público dos estádios, o Benfica fez um esforço para cortar os custos operacionais, tendo conseguido descer esta rubrica em dez por cento (de 171 milhões em 2019/20, os gastos passaram para 154 milhões na última época).

No entanto, e fora deste esforço de contenção, ficaram os custos com o pessoal. Em gastos com remunerações (fixas ou variáveis), a SAD do Benfica não só não conseguiu cortar, como até aumentou os custos em mais d 13 por cento: de 85,6 milhões em 2019/20 para 97 milhões na temporada passada.

«Os gastos com pessoal ascendem a 97,1 milhões de euros, o que representa um crescimento de 13,3 por cento face ao período homólogo, sendo esta variação essencialmente explicada pelo aumento da massa salarial na sequência da forte aposta no reforço do plantel e da estrutura do futebol profissional», explica a SAD encarnada.

A esse propósito, refira-se que as remunerações dos órgãos sociais se mantiveram praticamente em linha com a época anterior. Domingos Soares Oliveira recebeu 451 mil euros ao longo da época, Rui Costa recebeu 76 mil euros (relativos ao período entre 1 de julho e 28 de agosto de 2020, sendo que depois disso deixou de receber) e Miguel Moreira recebeu 171 mil euros.

Tudo junto, os órgãos sociais receberam um total de 648 mil de euros, quando em 2019/20 tinham recebido 692 mil euros.